
São quatro paredes fechadas sem saída
Cansados e feridos, sem dor nem agonia.
Mas por algum motivo estamos reunidos aqui
A agüentar as últimas juras de amor de quem nos sucede
E quando cegos abrimos nossos olhos vendo tudo embaçado
Enfim a fumaça-veneno vendou a nossa visão
Duvidamos até da nossa própria razão,
Encontramos-nos, camaradas, num campo de concentração.
Não interessa quem somos ou o que fazemos
Não importa quem fomos ou para que vivemos
Somos apenas números de um a vinte um
Derrotados aspirantes do diabo.
Um contra todos e todos contra um
Inimigos dos nossos pensamentos, pensamentos de vinte um.
Sentíamos o veneno corroer nossa garganta lentamente
Morrendo aos poucos por um ato inconseqüente
Louco é aquele que assume o poder de uma nação.
Aplaudidos por palmas de um povo que vai gritar em vão
Seus filhos andam com armas de fogo na mão
Estimulados por um ideal de aniquilação
E se morreremos um dia, que morra de amor.
De uma bala perdida por aí, sem fé nem dor.
Mas pedimos a Deus que perdoe o nosso ateísmo
É pecado não saber o que é pecado? Talvez nós não devêssemos estar aqui.
Damos nossos últimos adeuses já cambaleando sufocados
Uma lágrima solitária escoa pelo nosso semblante.
Morremos por mera coincidência, simples acaso.
Fomos apenas números de um a vinte um
Cansados e feridos, sem dor nem agonia.
Mas por algum motivo estamos reunidos aqui
A agüentar as últimas juras de amor de quem nos sucede
E quando cegos abrimos nossos olhos vendo tudo embaçado
Enfim a fumaça-veneno vendou a nossa visão
Duvidamos até da nossa própria razão,
Encontramos-nos, camaradas, num campo de concentração.
Não interessa quem somos ou o que fazemos
Não importa quem fomos ou para que vivemos
Somos apenas números de um a vinte um
Derrotados aspirantes do diabo.
Um contra todos e todos contra um
Inimigos dos nossos pensamentos, pensamentos de vinte um.
Sentíamos o veneno corroer nossa garganta lentamente
Morrendo aos poucos por um ato inconseqüente
Louco é aquele que assume o poder de uma nação.
Aplaudidos por palmas de um povo que vai gritar em vão
Seus filhos andam com armas de fogo na mão
Estimulados por um ideal de aniquilação
E se morreremos um dia, que morra de amor.
De uma bala perdida por aí, sem fé nem dor.
Mas pedimos a Deus que perdoe o nosso ateísmo
É pecado não saber o que é pecado? Talvez nós não devêssemos estar aqui.
Damos nossos últimos adeuses já cambaleando sufocados
Uma lágrima solitária escoa pelo nosso semblante.
Morremos por mera coincidência, simples acaso.
Fomos apenas números de um a vinte um

Sinceramente... Não sei o que dizer! De fato é impactante esse texto. Interpretações múltiplas surgirão, mas o sentido fica sempre o mesmo. Algo viceral!
ResponderExcluirBravo!
Berlin, 1942
ResponderExcluirJá te falei que que esse é o meu poema preferido, e de fato é bem impactante.
Muito bom mesmo, mocinha. ;*
muito bom =)
ResponderExcluirum dia vo plagear uns textos seus ;D *apanha*
x___x ta, vo deixar eles aqui.
Eu já li esse, né?
ResponderExcluirE acho que sei de onde surgiu o "é pecado não saber o que é pecado?". ;)
Você escreve super bem, já te contei?
amoo, vc! (:
Parabéns!
ResponderExcluirNão preciso lhe ensinar nada sobre Produção de Texto. Você já nasceu sabendo.
hummm
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